
Sébastien Lecornu, Ministro do Ultramar da França e Albert Ramdin, Ministro das Relações Exteriores do Suriname, ©La 1ère
A bacia hidrográfica de Maroni esteve no centro do intercâmbio realizado na segunda-feira 15 de março de 2021 em Paris entre Albert Ramdin, Ministro das Relações Exteriores, Kenneth Amoksi, Ministro da Justiça e da Polícia do Suriname, e Sébastien Lecornu, Ministro francês do Ultramar.
Em primeiro lugar, durante esta reunião, foi assinado um protocolo histórico para delimitar a fronteira entre os dois países nos rios Maroni e Lawa. Complementando a Convenção de Paris de setembro de 1915, o acordo estabeleceu claramente a linha de fronteira e a soberania de cerca de 950 ilhas nas partes a jusante e média da bacia hidrográfica transfronteiriça, desde a foz até Antecume Pata. A parte sul do território, localizada a montante da confluência dos rios Litani e Marouini, ainda está em negociação entre os dois países.
Este passo diplomático fundamental abre perspectivas importantes em termos de saúde, segurança, navegação, turismo e luta contra a pesquisa ilegal do ouro, desafio essencial de segurança e ambiental na área.
Neste contexto, também foi assinada uma Declaração sobre "a gestão conjunta dos Rios Maroni e Lawa". Ela prevê, entre outras coisas, "a proteção das populações ribeirinhas, em particular através do monitoramento das inundações nos rios Maroni e Lawa"; mas também uma cooperação na luta contra a poluição "para a manutenção do rio e o desenvolvimento de suas margens, para proteger o meio ambiente e preservar a biodiversidade, assim como a qualidade da água dos rios". Promovendo um desenvolvimento econômico sustentável, adaptado e ecologicamente racional, a Declaração propõe que os Estados se consultem mutuamente para projetos que tenham impacto nas águas do rio.
Os parceiros do projeto BIO-PLATEAUX estão encantados com estes avanços, que contribuirão para o fortalecimento da gestão integrada dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do Maroni.
Finalmente, no mesmo dia, a assinatura de uma convenção de auxílio judiciário mútuo formalizou o desejo comum de cooperar para responder aos desafios específicos deste território em matéria penal.